quinta-feira, 22 de março de 2012

sobre meninas e mulheres

No mês de março, devido ao Dia Internacional da Mulher, sempre achamos textos lindos falando sobre nós. Nosso jeito, fases da vida, pensamentos... Navegando por aí encontrei esse texto que juro que pensei que eu mesma tinha escrito e não sabia de tão parecido comigo que ele é.

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"Ser mulher é um dom. Na ultrassonografia a mamãe descobre que tá grávida de uma menina. É ela! Pode comprar tudo rosa. Chega de tip top amarelo. Ela tá vindo para arrasar. É uma menina, ainda não é uma mulher. Algumas meninas só se tornam mulheres no primeiro pé na bunda que recebem daquele babaca. Ou quando tomam coragem e acabam com o primeiro namorado. Sabe? Aquele momento que você tira um peso das costas que nem sabia que carregava. Já algumas meninas se tornam mulheres logo no primeiro salto que experimentam, no primeiro batom que usam. Elas nasceram pra isso. Mas existem aquelas que nunca se tornarão mulheres. Aquelas que nunca deixaram as intriguinhas gratuitas de lado. Aquelas que paqueram o namorado da amiga. Aquelas que são rudes e dispensáveis. Essas serão meninas para sempre e não merecem ser chamadas de mulheres.
Carregar o fardo de “mulher” não é pra qualquer uma. Precisa merecer. Então, que tal se todos os dias deixássemos de ser tão menininhas e nos tornarmos cada vez um pouco mais mulheres de verdade? E isso não tem nada a ver com deixar as brincadeiras e as levezas da vida de lado e colocar no lixo aquela barbie que você guarda no armário. Muito pelo contrário. Mulheres encantam – e não só aos homens. Elas me encantam. Meu sonho é ter uma filha mulher. Para além de ser minha melhor amiga, eu ter a certeza de que estou deixando no mundo um pedacinho de meiguice para adoçar o mundo. Sutileza, delicadeza e aquele sexto sentido aguçado para perceber quando as coisas não vão bem. Mulheres são assim. Mulheres, não meninas."
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Acho que virei mulher quando bati o pé e decidi ir atrás do amor da minha vida numa cidade longe e estranha. Bati o pé porque acreditei que era aquilo que eu devia fazer, era o certo. Antes disso eu era menina, dessa que faz intriguinhas como a autora do texto falou. Mas decidi que com 19 anos eu tinha que crescer (mesmo que ainda hoje, com 24, alguns ainda digam que não cresci.) e contra muitos eu larguei tudo em Natal e me mandei pro Rio sem saber o que seria, o que viria pela frente.

29/11/2007 - Foto tirada por volta das 9:30h da manhã aos pés do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.


Deu certo! Entrei numa faculdade pública, casei, viajei, sofri de saudade, mas também morri de felicidade. Ainda morro por isso. Como é bom ser feliz né? E a gente reclama de tanta coisa na vida...
Quando eu era menina, dessas de 17 ou 18 anos, não lembro bem, eu tinha uma frase salva na pastinha de coisas fofas no computador que dizia assim "Sem o amargo, o doce não é tão doce!". Depois 6 ou 7 anos, digo que essa é a mais pura verdade. Será que teria graça uma vida perfeita onde tudo se encaixa, nada se conquista porque já tá alí acessível pra qualquer hora. Será que teria graça não ter que correr atrás de nada? E sonhar? Será que uma pessoa que tem a vida totalmente doce tem sonhos? Que sonhos seriam esses? Não sei se eu queria algo tão açucarado assim...
Problemas e conflitos todos têm em qualquer lugar ou ocasião. Nos relacionamentos (incluindo aqui as amizades), no trabalho, no trânsito.. mas essas coisas "ruins" servem para o crescimento e, nós mulheres, bem sabemos tirar proveito disso.
Aprenda a gostar do amargo da sua doce vida também! 
Beijocas!

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